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Chuvas em Pernambuco e Alagoas deixam 27 mil pessoas desabrigadas

Publicada em 13/07/2023 às 08:17h |   | 293 visualizações

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FABIO LISANDRO
AGAEUDES

Chuvas em Pernambuco e Alagoas deixam 27 mil pessoas desabrigadas


As chuvas ocorridas nos estados de Pernambuco e Alagoas nos últimos dias deixaram 27 mil pessoas desabrigadas e desalojadas. De acordo com a Defesa Civil de Alagoas, 25,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 3.650 pessoas desabrigadas – estão sem casa definitivamente – e 21.662 estão desalojadas – fora de casa temporariamente. O governo estadual decretou estado de emergência para 31 cidades durante 180 dias. Em Pernambuco, 2.862 pessoas foram atingidas pelas chuvas intensas ocorridas desde o último sábado, com 656 famílias desalojadas e 101 famílias desabrigadas. Ao todo, treze pontos de deslizamentos foram registrados, deixando 15 cidades em situação de emergência.

Estes acontecimentos, cada vez mais recorrentes, evidenciam que  o poder público brasileiro, em todas as esferas, não está cumprindo o papel constitucional de proteger a vida da população. São tragédias em consequência de eventos climáticos extremos que vitimizam, desproporcionalmente, pessoas pretas, indígenas e quilombolas em regiões vulneráveis. Especialistas da área de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil alertam que faltam políticas públicas efetivas de adaptação às mudanças climáticas para preservar a vida das pessoas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social.

Com mais de 4 milhões de brasileiras e brasileiros vivendo em áreas de risco, expostos a eventos extremos que ameaçam suas vidas diariamente, é urgente a implementação de políticas públicas permanentes que respondam às consequências da crise climática, promovendo condições dignas de moradia e cidadania.

O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), elaborado em 2016 a toque de caixa e atualmente defasado (seu prazo expirou em 2020), não considera as periferias das cidades como territórios sensíveis. O Greenpeace Brasil defende a renovação urgente do PNA, com ampla participação da sociedade civil e elaboração de medidas que promovam a justiça climática, protegendo as parcelas da população que estão mais expostas aos riscos.

“Quantas mortes mais precisamos contar para que as políticas públicas de enfrentamento à crise climática se tornem prioridade para o poder público?”, afirma Igor Travassos, porta-voz do Greenpeace Brasil. A organização convida a população a participar do abaixo-assinado que pede a revisão do PNA e cobra medidas das autoridades para a prevenção de tragédias decorrentes de eventos climáticos extremos.

Por: Greenpeace




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