Só nesta terça, foram 3.533 novos casos registrados pela pasta estadual, sendo 123 (3,5%) deles referentes a pacientes com quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Escalada
A título de comparação, em 10 de novembro de 2020, eram 9.380 casos ativos em Pernambuco. Desde então, o ritmo de infecções apenas subiu ou estacionou. Não apresentou mais quedas significativas.
Em 8 de janeiro deste ano, já eram mais de 23 mil. Um mês depois, chegavam a 30 mil. Durante todo o mês de abril, o número de pacientes com a doença em curso manteve uma média de 45 mil.
Na primeira quinzena deste mês, houve o primeiro salto, chegando a 50 mil. Agora, menos de dez dias após atingir essa marca, são mais de 60 mil.
Consequências
Esse ritmo acelerado de transmissão tem aumentado a pressão em cima do já sobrecarregado sistema de saúde.
Quanto mais o vírus circula, maior é o número de pessoas doentes, maior o número de pessoas com quadros graves precisando de internamento.
O resultado é que, mesmo com a abertura de novos leitos de UTI, a ocupação permanece elevada, e a fila de espera por uma vaga tem aumentado.
Nesta terça, dos 1.718 leitos de UTI da rede pública para pacientes com quadros suspeitos ou confirmados da Covid-19, 98% estão ocupados.
Na rede privada, a procura também aumentou nas últimas semanas. No momento, são 468 vagas, estando 93% delas preenchidas.
“A situação é preocupante, detectamos uma reaceleração. São níveis heterogêneos no Estado. O Agreste e o Agreste Setentrional vivem uma aceleração mais intensa. Ainda que em menor intensidade, detectamos um comportamento de aceleração também na primeira macrorregião (que abrange a Região Metropolitana do Recife e as matas Norte e Sul). As regiões do Sertão, hoje, estão em patamar de estabilidade, mas ainda em níveis elevados. Porém não têm a mesma curva de aceleração das outras áreas”, detalhou o titular da SES-PE, André Longo, em entrevista ao NETV 2, da Rede Globo, na noite desta terça.
Fonte: Folha PE