A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou na noite desta segunda-feira (10) a suspensão imediata da aplicação da vacina contra Covid da AstraZeneca/Fiocruz em grávidas.
Grávidas
que tomaram vacina da AstraZeneca precisam ter acompanhamento médico
Grávidas
correm mais risco com a Covid-19? O que dizem os cientistas
A vacina vinha sendo usada, em alguns estados, em
gestantes com comorbidades. Agora, só podem ser aplicadas nas grávidas a
CoronaVac e a vacina da Pfizer.
O texto da nota emitida pela agência reguladora diz
que a orientação é que "seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização
(PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado
do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid
em uso no país".
A Anvisa, no entanto, não relatou nenhum evento adverso ocorrido em
grávidas no Brasil.
Estados como SP, RJ, PE e MS
suspendem vacinação contra Covid de grávidas com comorbidades
Grávidas e vacinas contra a
Covid no Brasil: entenda as regras de vacinação
O texto diz ainda que "o uso de vacinas em
situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual
por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a
paciente". A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca, porém, não
recomenda o uso da vacina sem orientação médica.
O Ministério da Saúde incluiu todas as grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) no plano de imunização em abril. Na época, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Franciele Francinato, explicou que a decisão foi tomada visto que esse grupo tem risco maior de hospitalização por Covid-19.
O que diz a AstraZeneca?
Em nota, a AstraZeneca afirmou que "mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos" da vacina. Veja íntegra:
"Referente a suspensão do uso da vacina AstraZeneca/Fiocruz por parte da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a AstraZeneca esclarece que as mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos. Esta é uma precaução usual em ensaios clínicos. Os estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à gravidez ou ao desenvolvimento fetal."
Por G1 PE